27 de dez. de 2011

Chegou o final

Mais uma vez o fim.
Um momento em que me pergunto se fiz tudo o que queria, se consegui dar o grito de desabafo e o abraço de acolhimento.
Por alguns instantes acredito que sim, por outros tenho certeza que não.
Um novo começo está se apresentando. Esperanças se renovando, sonhos querendo encontrar a ponta de realização.
Neste ano fui abandonada por muitos sentimentos, fui acometida de outros tantos que nem imaginava poderem existir em mim. Respirei fundo muitas vezes, como hoje de manhã, fechei os olhos e persegui a certeza que tudo vai dar certo.
Desejo ter muitas outras experiências e abandonar de vez tantas que me seguiram neste ano.
Quero tomar tequila, dar aquele beijo, ver aquele show, fazer aquele sexo, passar no concurso, acordar com som da chuva, sentir seu perfume por perto, usar a tolerância, dar aquela resposta, não dar resposta, passar a noite na praia vendo a lua e ouvindo o som do mar, aprender a nadar, voltar a Paraty, segurar na mão, largar a mão, ser independente, me sentir dependente, beijar Ana Carolina não em sonho, encontrar sentido, perder o sentido, ter esperança, ver resultados, acreditar, sonhar, brincar, sorrir, amar, chorar, encontrar, procurar, vontade, prazer, gozar, realizar, esperar, procurar, buscar...
Ahhhh, quanta coisa 2012 me reserva, muitas nem faço ideia, tantas outras espero que se realizem.
Vou viver, sempre da melhor maneira possível.
Esperar de mim, e sorrir com o que conseguir do outro.
Não tenho dúvida que 2012 é um ano de mudanças, encontros, consertos e realizações.

13 de out. de 2011

Delírio

Acordo com cheiro de seu perfume
Suas mãos desvendando-me
Suas voz adoçando meu ego
Seu corpo me esquentando.

Sussurros de amor nos embalam
Inebriando o quarto com nosso prazer
Sorrisos nos lábios, suor no corpo
E a certeza de te pertencer.

Algo me chama atenção
Abro os olhos e você não está ao meu lado
Anda pela casa
Não profere uma palavra de amor
Vai embora me deixando
Sem saber se sonhava ou vivia.

Fica a dúvida
A incerteza
E a decisão
Guardo o momento em que fomos só nós.

8 de out. de 2011

Amizade

De braços dados
Sorriso estampado
Passos curtos, sem pressa de chegar
Na verdade sem ter vontade de chegar ao fim.

Assim é o reencontro
De pessoas que se amam
Que a Vida fez o favor de dificultar
Mas que nada é capaz de abalar.

As brincadeiras nunca esquecidas
Lembranças de momentos inesquecíveis
Fazendo outros tantos eternos
E o sorriso sempre no rosto esboçado.

Infelizmente mais uma vez acabou
Fica o anseio e desejo
Para que em breve
Os braços se encontrem novamente.

5 de out. de 2011

Não aconteceu

Espero ansiosamente o toque, inconfundível, de mensagem no meu celular.
Não acontece, horas após horas e o silêncio que nos dias anteriores foram acolhedores
Se torna ensurdecedor, de tanto que soa em meus ouvidos.

Quero odiar os dedos que não foram capaz de segurar um simples aparelho
A vontade que não se dispôs a acolher-me neste dia
Sua insensibilidade para com meu momento.

Recolho-me, sorrio com quem menos contava.
Converso com a Vida, e culpo-a por ter feito-me tão dependente.
Observo a lua e em sua magnitude, me encho do meu universo novamente.

Agora não é mais comigo.
Me ouvi, socorri, amei, sensibilizei...
De ti agora, só o melhor, para que eu me entregue novamente.

31 de ago. de 2011

Dia chuvoso

Chove, e eu deixo meu pensamento seguir até você.
Sou capaz de sentir teu calor.
O peso de seu braço sobre minha cintura para dormirmos.

Acordo e ainda tenho você ao meu lado.
Seu rosto sereno, de quem está completamente em paz.
Provavelmente sonhando com uma caminhada ao vento.

O amanhecer, nublado, se faz presente.
Levanto, sento na cama, fecho os olhos e num suspiro
Guardo sua mais doce lembrança em mim.

Agora posso seguir meu dia.
Com sua companhia e a imagem renovadora de seu sorriso.

28 de ago. de 2011

Apenas mais um dia

Estou angustiada, sendo devorada pela TPM.
Descobri que viro um monstro quando estou assim.
Penso coisas e tenho sentimentos que jamais existiriam em meus dias comuns.
Sim sou um pouco neurótica, mas nada se compara a Amanda na TPM.

Sozinha em meu quarto, depois de ver dois filmes, um de comédia (que foi bom) e outro romance (que me deixou pior), luto com todas as armas que tenho para não ser sugada por mim mesma.
Talvez não exista nenhum inimigo pior do que nós mesmos.

Luto para não odiar quem amo, para não me entregar a uma melancolia sem precedente.

Minha vida está calma, tudo está uma maravilha, e o engraçado (para não dizer trágico) é que eu ao invés de aproveitar tudo isso, acho que estou me enganando, que no fundo nada disso não passa de um momento que, assim como tantos outros, passará.

A realidade é que eu é quem os deixo ir, sou eu quem dou tchau para felicidade, para a calmaria, para a paz.

Eu tanto pedi, eu tanto ansiei...e hoje eu vivo isso, mas não quero aceitar, é mais fácil rejeitar do que viver a opção nova que a Vida está me oferecendo.

Trabalho, família, amor...tudo caminhando da melhor forma possível, da melhor maneira...

Acolher, é o que me falta.
Aceitar que o tempo de colheita chegou.

Aquele ditado que diz, "irás colher o que plantar", é verdade.
Então como explicar que nego, não aceito o fruto colhido.

Sou da paz.
Sempre digo isso.
E é uma verdade.

Tento ajudar sempre, estou na maioria das vezes sorrindo, acolhendo, sorrindo ou chorando junto.

Respiro fundo, fecho os olhos e tento aproveitar o cheiro do fruto que a Vida me dá.
Preciso me acostumar com esse cheiro, talvez procurar um novo perfume.

Uma Vida que fez chorar, e muito, hoje permite sorrir, não de desespero, mas de realização.
Acostumar a felicidade não é algo tão simples.
No meu caso não foi ensinado.

Apenas mais um dia, escrevendo sem muito sentido, para quem não sabe o que ver o sol nascer depois de muitos e muitos dias de chuva.

18 de jun. de 2011

TENTATIVAS

Tentativas

Algumas bem sucedidas,
Outras destemidas,
Num momento sucesso
No outro fracasso.

Mas eis que encontro
O limite
O meu possível
A intenção do meu ideal
E a minha mais real

Continuarei tentando
Num instante com mais ênfase
Em outros sem intensidade

Só não quero o dia
Em que desista
das tentativas.

7 de fev. de 2011

IMAGEM


A imagem que vê
Relembra sua história
Revive momentos
Alegra-se
Emociona-se
Suspira e olha sua verdade.

Uma página a mais em sua vida
E aquela imagem
Que tanto quis ser sua eternidade
Mostrou-se apenas mais um capítulo
De tantos outros que já havia vivido.

Não entristece
Não chora
Não resiste
Aceita seu momento
Sorri mais uma vez
Contemplando outra imagem.

A.N.A. 07/02/11

1 de fev. de 2011

À Amada

À Amada


Tinha que ter esse nome


Um n a mais,

Nasalando,

Ninando,

Mimando.

A Substância do que és.

Podia se chamar também Estela, estrela

Luz irradiada do passado

Visivelmente presentificada

Não, não é uma mulher comum

Mas podia se chamar Maria

Exemplo daquelas tantas marias citadas

Que lutaram, que foram humilhadas

Que persistiram

Sim, talvez exista um nome sinônimo de teimosa,

Transgressora, rebelde,

Aos olhos dos olhos

Pois aos olhos de si mesma

Amada

Nome adjetivo

Verbo no gerúndio

Fe- minina.



De Ivete Irene.


Esse poema foi uma amiga, Ivete, que me presenteou.
Amigos são sementes.

Promessa

Promessas feitas.
Quase de toda realizada.
Uma leitura e se repensa
Se cansa
Chora
Aceita, nega.
Acredita, duvida
Impõe, ilude, desilude, desiste.


No espelho o olhar perdido
Não sabendo onde parar, 
No que parar
Em que parar.


No rosto o desgosto.
O cansaço.
Abatido, sente as lágrimas molhar, 
O que antes era sorriso
Hoje é rijo.


Suspira, fecha os olhos.
Respira e inspira.
De olhos cerrados
Promete a si não mais continuar. 

A.N.A. 01/02/11

31 de jan. de 2011

Compreendo?


Visto assim
Mais parece fim
Visto de lá
Mais parece iniciar
Reparado por aquele
Mais parece derramar
Observado por este
Nada a declarar

E olhando, comentando, observando, analisando...
Não há consenso, aceitação, negação, reprovação...
Fica apenas a emoção.

26 de jan. de 2011

Horizonte.

Caminhos seguidos.
Dúvidas criadas.
Expectativas geradas.
Sonhos realizados.
Desejos prolongados.
Paz encontrada.

24 de jan. de 2011

Casamento gay.


Hoje li uma notícia que me deixou pra lá de contenta..hehe.

Finalmente o Brasil irá votar o pedido sobre o casamento gay feito em 2008, pelo governador do RJ, Sérgio Cabral.
Se o Supremo aprovar, o que tem muitas chances disso acontecer, tod@s nós poderemos casar e ter nossos direitos garantidos assim como qualquer casal heterosexual.
Fiquei muito feliz mesmo, já que eu e a Amada pretendemos, de qualquer forma, fazer o contrato homoafetivo esse ano ainda. Dessa forma não precisaremos fazer um contrato, mas sim seremos casadíssimaaasss. Olha que legal.
Por outro lado, fico muito preocupada.
Eu já estou até imaginando o que as igrejas não estão dizendo por ai. Quais os absurdos não estão falando a nosso respeito.
Seria possível só dessa vez, cada um cuidar da sua vida?
Eu e a Amada, não queremos nada que não seja nosso direito. Queremos ter nossa criança e ela ser registrada no nosso nome, porque afinal, as duas serão mãe da criança.
Queremos comprar nossa casa, carro, terreno etc, no nosso nome e sabermos protegidas por lei caso aconteça algo com uma de nós no futuro.
Queremos preencher formulários de lojas e no quesito estado civil, podermos colocar casada.
E ter a possibilidade de colocar o nome da companheira sem nenhum constrangimento.

Sinceramente eu espero que esse pedido seja aprovado e que as pessoas comecem a mudar seus pensamentos, suas formas de verem e agirem no mundo.
To cansada de me perguntarem "quem é ela?" (isso essas lojas de compras) e eu dizer, "é minha companheira" e a criatura do outro lado responde "é sua amiga?"
Ahhhh vai pra merda....desculpe as palavras.
Mas oooooo povinho sem noção.
As empresas de telemarketing terão de melhor orientar seus funcionários para atender, dignamente, a nós também.
Como eu disse uns dias atrás...2011 eu confio em você. E uma amiga me disse "Amanda 2011 será um ano bom."
Que todo o universo conspire a nosso favor.
Vamos amar pois é só isso que importa e nada mais.
E se 2011 começar com essa alegria para n@s...será um excelente começo de ano.
Vamos esperar para ver no que dá.

17 de jan. de 2011

Palavras...ahhhh palavras.



Escrever, sinto falta de sentar e deixar livremente as palavras se concretizarem através de do meu traçado, seja no papel, à moda antiga, ou num computador.
Uma vez um amigo me questionou o motivo deu ter parado de escrever, pois ele gostava de ler as poesias que eu fazia.
Falta de tempo foi minha resposta, onde a verdade se fazia presente.
Contudo, ele continuava dizendo que não, que achava que o motivo real deu ter parado de escrever foi o meu namoro. Dizia que eu havia ficado sem inspiração.
Não era pra ser o contrario gente? (risos).
Penso sempre nisso que ele me disse e voltando a minha primeira frase, sinto falta de escrever. Mas não tem culpados ou inocentes nesse processo de não escrita. A única coisa disso que é verdade é que eu não tenho escrito.
As palavras mais uma vez se mostraram poderosas, mortais e delas tenho receio.
Sou cruel usando palavras, já li muitas coisas cruéis. Dessa forma mantive o recuo, fiquei distante só observando, e ainda estou, apesar de já ter me aproximado mais das palavras.
Esses dias lembrei do desenho "O fantástico mundo de Bob" (gente realmente to velha..hehe), o Bob vivia imaginando as palavras saindo da boca, brincava com as letras.
Desejei tanto ser ele mas queria o contrario, queria engoliar umas palvras. Sabe aquelas são ditas desnecessáriamente? Pois bem, palavras são assim, saem e não voltam mais, impossível pegá-las novamente. E impressionantemente as palavras sempre encontram onde pousarem, as vezes como pétalas, despercebidas, outras vezez como cactos, vai ferindo o terreno.
Tenho muitos planos para este ano, sei que terei muitos outros motivos para escrever e as poesias, que também sinto falta, retornaram sem dúvida.

14 de jan. de 2011

Entenderei?


Pessoas, seres que são complicados de serem entendidos, compreendidos.
As vezes fazemos coisas idiotas, sem haver nenhuma explicação óbvia para elas.
Em algumas situações nos deixamos levar pelas nossas mazelas e não respeitamos o outro.
Acreditamos sempre que aquele ser estará ali. Que no amanhecer seguinte um sorriso irá resolver tudo.
Não imaginamos, ou até fazemos isso, mas nunca seremos capazes de saber o que nossas atitudes causam.
Quais catástrofes eu sou causadora?
Tenho dimensão do furacão que sou?
Observo o desastre que o tsnuname, que somos, fez?
Pessoas, apenas pessoas...umas acreditam nisso, outras naquilo e tem as que nem acreditam ou desacreditam.
Só somos, só vivemos, só olhamos para nós...e o mais interessante é que o único ser que não podemos contemplar a face sem a necessidade de nenhum objeto somos nós mesmos.
Entenderei quem sou, o que fazem comigo?
Em algum momento conseguirei sair de mim e olhar para o outro?
Sempre disse que cada dor é única, pois cada um é um, tem uma história diferente, experiências diferentes, mesmo que tenham sido educados da mesma maneira, mas somos um, sentimos diferente, amamos diferentes...e ainda buscamos no outro o eu.
E não cuidamos, não zelamos, não fazemos por onde, muitas vezes, o desejo do retorno aconteça.
Entenderei as pessoas?

5 de jan. de 2011

Seriados e eu

Mais uma vez venho falar de seriados.
Eu adoro seriados.
O primeiro pelo qual me apaixonei, a alguns tiquitos de anos atrás, foi Arquivo X. Até hoje ouvir aquela música é emocionante pra mim..rsrsrs.
Depois veio Friends, OC Um estranho no paraíso, Dr House, On Thre Hill, Eu a patroa e as crianças, Eu odeio o Chris....e alguns outros, contudo, SCI era o que eu não podia perder.
Até que conheci BONES, daí minha vida mudou..hehe.
Já assisti, on line, as temporadas todas e agora acompanho os capítulos novos.
E agora vem o seriado pelo qual me apaixonei completamente, e em tempo record, pra mim, assisti as 6 temporadas e estou desamparada já que esta temporada terminou em 2008.
Estou falando de nada mais e nada menos que THE L WORD. TLW para os íntimos..hehehe.
Um belo dia estava eu linda, leve e morena conversando com a Line (uma amiga) quando começamos a falar de seriados e ela me falou desse, que eu já havia visto algumas indicações no site Parada Lésbica, mas, até então, não havia dado atenção.
Fiquei curiosa e comecei a ver.
Depois que vi o primeiro capítulo só parei quando me peguei xingando por haverem terminado o seriado.
Se me perguntarem o motivo deu ter adorado esse seriado, direi que é porque pude me ver na TV.
Meu mundo é completamente de hétero, pelo menos das pessoas que se dizem héteros, e poder observar pessoas falando abertamente sobre seus desejos, vontades, ver as suas angustias, lutas diárias e conquistas, foi bom pra mim.
Vibrei com as personagens e seus dramas.
Xinguei quando achei que a atitude de alguma das personagens não era coerente como eu pensava. E até me emocionei.
Tem aquela personagem que é a que me faz suspirar (CARMEM), a que me fez rir, xingar, brigar, amar, desejar...E não da pra deixar de falar na Marina, aquela mulher chega chegando nos lugares, impossível fingir que não prestou atenção nela. Admito que a Jenny foi a que menos gostei.
Vou sentir falta de TLW, mas sinto mais falta ainda da liberdade que a sociedade não me permite ter, da hipocrisia que sou obrigada a viver para o bem estar de outrem.
Desejo ardentemente que cenas de beijos e sexos como os que tem em TLW possam passar com naturalidade nos canais de televisão, no Brasil e em qualquer outra parte do mundo, sem que haja tantos comentários.
Agora vamos ver qual o próximo seriado que ficarei viciada...rsrs.