31 de ago. de 2011

Dia chuvoso

Chove, e eu deixo meu pensamento seguir até você.
Sou capaz de sentir teu calor.
O peso de seu braço sobre minha cintura para dormirmos.

Acordo e ainda tenho você ao meu lado.
Seu rosto sereno, de quem está completamente em paz.
Provavelmente sonhando com uma caminhada ao vento.

O amanhecer, nublado, se faz presente.
Levanto, sento na cama, fecho os olhos e num suspiro
Guardo sua mais doce lembrança em mim.

Agora posso seguir meu dia.
Com sua companhia e a imagem renovadora de seu sorriso.

28 de ago. de 2011

Apenas mais um dia

Estou angustiada, sendo devorada pela TPM.
Descobri que viro um monstro quando estou assim.
Penso coisas e tenho sentimentos que jamais existiriam em meus dias comuns.
Sim sou um pouco neurótica, mas nada se compara a Amanda na TPM.

Sozinha em meu quarto, depois de ver dois filmes, um de comédia (que foi bom) e outro romance (que me deixou pior), luto com todas as armas que tenho para não ser sugada por mim mesma.
Talvez não exista nenhum inimigo pior do que nós mesmos.

Luto para não odiar quem amo, para não me entregar a uma melancolia sem precedente.

Minha vida está calma, tudo está uma maravilha, e o engraçado (para não dizer trágico) é que eu ao invés de aproveitar tudo isso, acho que estou me enganando, que no fundo nada disso não passa de um momento que, assim como tantos outros, passará.

A realidade é que eu é quem os deixo ir, sou eu quem dou tchau para felicidade, para a calmaria, para a paz.

Eu tanto pedi, eu tanto ansiei...e hoje eu vivo isso, mas não quero aceitar, é mais fácil rejeitar do que viver a opção nova que a Vida está me oferecendo.

Trabalho, família, amor...tudo caminhando da melhor forma possível, da melhor maneira...

Acolher, é o que me falta.
Aceitar que o tempo de colheita chegou.

Aquele ditado que diz, "irás colher o que plantar", é verdade.
Então como explicar que nego, não aceito o fruto colhido.

Sou da paz.
Sempre digo isso.
E é uma verdade.

Tento ajudar sempre, estou na maioria das vezes sorrindo, acolhendo, sorrindo ou chorando junto.

Respiro fundo, fecho os olhos e tento aproveitar o cheiro do fruto que a Vida me dá.
Preciso me acostumar com esse cheiro, talvez procurar um novo perfume.

Uma Vida que fez chorar, e muito, hoje permite sorrir, não de desespero, mas de realização.
Acostumar a felicidade não é algo tão simples.
No meu caso não foi ensinado.

Apenas mais um dia, escrevendo sem muito sentido, para quem não sabe o que ver o sol nascer depois de muitos e muitos dias de chuva.