4 de dez. de 2009

Tempos...


Faz tempo que não passo pelo meu cantinho.

A vida as vezes parece que quer, ela sozinha, tomar o rumo de tudo. E eu que muitas vezes disse que era a única que diria o que ia ou não fazer com minha vida, acabo sendo arrastada pelas coisas que vão acontecendo.

As vezes sinto como se minha vida fosse a estação da Sé em pleno horário de pico. É só se colocar ali, o povo vai te empurrando, te arrastando. E você, espremida, naqueles vagões vai vendo estação por estação passar, até aquela em que você ira ficar.

A vida é assim, ela não questiona, não pergunta, apenas age, faz, toma as decisões independentemente do que você, eu e todos pensam sobre o que esta acontecendo ou irá acontecer.

Correria, alegria, riso, lágrima, tristeza, esperança, desamor, amor, desesperança...tudo acontece, vem e vai, com uma certa agilidade, com uma certa autonomia.

Tenho saudades de escrever e medo de me rever.

Tenho desejo de viver e a esperança no morrer.

Tenho vontade de ter e a certeza de não poder.


Ainda esses dias dizia para uma amiga, que seria tão bom se soubessemos o futuro para tomar certas decisões.

Seria mais fácil, talvez mais justo e com certeza menos emocionante.

O não se arrepender amanhã das escolhas feitas hoje, é com certeza a vivencia mais pura da vida, mais cheia de emoção e expectativa.

Não sei até onde estou fazendo o certo, e ainda como dizia à minha amiga, "temos que acreditar que a escolha de hoje é a melhor que estamos fazendo, sem deixar que o medo e o receio nos paralise".

As vezes sou medrosa, outras audaciosa e tantas outras chorosa.

Sim acho que não tem outro ser que consiga chorar tanto como eu...rsrs.

Sou eu também que vejo manchas aparecerem e desaparecerem de meu corpo, quando algo dentro de mim grita, esperneia e eu para não magoar ou preocupar, calo-me.

Sou eu que acredito na cumplicidade, na irmandade, no amor.

Então sou eu quem tem de sofrer as consequencias desses. E não o outro.

Um ano esta terminando, com ele eu sinceramente espero que termine tantas outras coisas, e que a paz volte a me procurar.

Um ano prestes a nascer, prestes a se apresentar, prestes a nos revelar o que a natureza e a vida tem de surpresa, alegria e tristeza para nos dar.

E eu sinceramente espero que todas as escolhas de hoje sejam a que mais irá me dar força para seguir, para acolher, para viver tudo o que guardado na caixa de Pandora ainda esta.