13 de out. de 2011

Delírio

Acordo com cheiro de seu perfume
Suas mãos desvendando-me
Suas voz adoçando meu ego
Seu corpo me esquentando.

Sussurros de amor nos embalam
Inebriando o quarto com nosso prazer
Sorrisos nos lábios, suor no corpo
E a certeza de te pertencer.

Algo me chama atenção
Abro os olhos e você não está ao meu lado
Anda pela casa
Não profere uma palavra de amor
Vai embora me deixando
Sem saber se sonhava ou vivia.

Fica a dúvida
A incerteza
E a decisão
Guardo o momento em que fomos só nós.

8 de out. de 2011

Amizade

De braços dados
Sorriso estampado
Passos curtos, sem pressa de chegar
Na verdade sem ter vontade de chegar ao fim.

Assim é o reencontro
De pessoas que se amam
Que a Vida fez o favor de dificultar
Mas que nada é capaz de abalar.

As brincadeiras nunca esquecidas
Lembranças de momentos inesquecíveis
Fazendo outros tantos eternos
E o sorriso sempre no rosto esboçado.

Infelizmente mais uma vez acabou
Fica o anseio e desejo
Para que em breve
Os braços se encontrem novamente.

5 de out. de 2011

Não aconteceu

Espero ansiosamente o toque, inconfundível, de mensagem no meu celular.
Não acontece, horas após horas e o silêncio que nos dias anteriores foram acolhedores
Se torna ensurdecedor, de tanto que soa em meus ouvidos.

Quero odiar os dedos que não foram capaz de segurar um simples aparelho
A vontade que não se dispôs a acolher-me neste dia
Sua insensibilidade para com meu momento.

Recolho-me, sorrio com quem menos contava.
Converso com a Vida, e culpo-a por ter feito-me tão dependente.
Observo a lua e em sua magnitude, me encho do meu universo novamente.

Agora não é mais comigo.
Me ouvi, socorri, amei, sensibilizei...
De ti agora, só o melhor, para que eu me entregue novamente.