30 de set. de 2010

Liberdade, liberdade...


Ando pensando no que vem a ser liberdade.
Usei por muitas vezes essa palavras, fiz uso dela muitas vezes, mas o que realmente é liberdade.
Sempre ouvi dizer que a minha liberdade acaba quando começa a do outro, Mas como medir????? Quem irá medir?
Isso tem me consumido.
Vou fazer isso porque minha liberdade me permite.
Não quero aquilo pois estou no direito de minha liberdade de querer ou não.
Quando faço escolhas, faço-os com minha liberdade. OTEMO.
O tempo passa e eu faço outras escolhas ignorando às que tinha feito antes e como num passe de mágica não me importo mais com as consequências das escolhas anteriores e só me preocupo com as do momento e daqui a algum tempo, quando eu me encher das consequências dessa nova escolha farei outras e outras sempre ignorando as antigas e me esquivando das responsabilidades.
Por vezes sinto-me antiguissima, por outras quadrada e tantas outras coisas. Mas sempre tentei ser um tanto quanto responsável com as escolhas que fiz, se utilizando de minha liberdade.
A liberdade de não atender um telefonema hoje será a mesma que não me permitirá ouvir à voz daquela pessoa numa outra situação.
Só preciso entender a liberdade.
Acostumar-me com o outro não é fácil, tem suas peculiaridades, tem sua beleza e sua feiúra.
A liberdade, liberdade....venha me ensinar algo...

Um comentário:

Valéria Fátima da Rocha disse...

Oi Amanda,
Obrigada pela visita no meu blog e das ricas contribuições... fiz um apontamento lá no blog, algumas manifestações de preconceito me incomodaram muito.. mas vou mexer mais na ferida do preconceito, ah, isso vou!
Mas aqui vim para conhecer o seu “cantinho” e adorei! Já estou sentada na sala lendo seus questionamentos e pensando também o que significa a tal falada “liberdade”. Sartre, foi quem mais pôs lenha na fogueira ao dizer que "Eu estou condenado, a existir para sempre para além da minha essência, para além dos móbiles ou moventes e dos motivos do meu ato: eu estou condenado a ser livre”. Não vejo como condenação no sentido punitivo, mas a condição do ser humano de ser fazer escolhas e assumir a responsabilidade delas. E dá uma sensação de angústia, pq ao escolher uma coisa e deixo tantas outras possibilidades de lado! Saindo do campo de “coisificação” a liberdade é uma condição, um projeto de vida mesmo, único e intransferível.

PS: a minha mãe está bem, trabalhando muito e sempre com o senso de humor que é uma de suas grandes características.

Um forte abraço querida, prazer em conhecê-la!